Alzheimer: Uma
Moléstia Espiritual (Milton)
Maria Paula Luz ( Nov
2012 )
ALZHEIMER:
UMA MOLÉSTIA
ESPIRITUAL
Alzheimer acima de
tudo é uma moléstia que reflete o isolamento.
Américo Marques
Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro filhos, nasceu em Castelo
de Mação, Santarém, Portugal. Médico de família desde 1978. Atualmente, atende
em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto - Estado de São Paulo -
Brasil. Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico: Dr. Eduardo
Monteiro.
Procurando por este
colega de profissão, que lhe informou:
"Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento."
Queremos dividir com
os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa
moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar - dois casos
na família. Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as
coisas acontecem no momento atual. Será que as projeções estatísticas de alguns
anos atrás valem para hoje? Serão confiáveis como sempre foram?
Se tudo está mais
precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos
de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?
Alerta:
É incalculável o
número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam
alterações de memória recente e de déficit de atenção ( primeira fase da doença
de Alzheimer ). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse
crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros
etc. Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então, quanto tempo
o organismo suportará antes de começar a degenerar? É possível que em breve
tenhamos jovens com Alzheimer?
Alguns traços de
personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer, que em nossa experiência temos observado, algumas
características se repetem: * Costumam ser muito focadas em si mesmas; * Vivem
em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de
co-dependência e até de simbiose. A partir do momento que a outra pessoa passa
a não querer mais essa dependência ou simbiose, o portador da doença (que ainda
pode não ter se manifestado), passa a não ter mais em quem se apoiar e, ao
longo do tempo, desenvolve processos de dificuldade com orientação espacial e
temporal; * Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução);
* São de poucos amigos; gostam de viver isoladas; * Não ousam mudar;
conservadoras até o limite; * Sua dieta é sempre a mesma. (Os alimentos que
fogem às suas preferências fazem-lhes mal; portanto, os alimentos são muito
restritos);
* Criam para si uma
rotina de "ratinho de laboratório"; * São muito metódicas. (Sempre os mesmos horários e sempre as mesmas
coisas, mesmos alimentos, mesmas roupas); * Costumam apresentar pensamentos
circulares e ideias repetitivas bem antes da doença se caracterizar; * Cultivam
manias e desenvolvem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo); * Teimosas,
desconfiadas, não gostam de pensar; * Leitura os enfastia; * Não são chegadas
em ajudar o próximo; * Avessas á prática de atividades físicas; * Facilmente
entram em depressão; * Agressividade contida; * Lidam mal com as frustrações
que sempre tentam camuflar; * Não
se engajam em
nada, sempre dando desculpas para
não participar;
* Apresentam
distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez; * Bloqueadas na
afetividade e na sexualidade, algumas têm dificuldades em manifestar carinho.
Para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano.
Gatilhos que costumam
desencadear o processo:
Na atualidade, a
parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam -
especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca
interativa em sequência. Isolam-se. Adoram TV porque não os obriga a
raciocinar, pois não gostam de pensar
para não precisar fazer escolhas ou mudanças. Avarentos de afeto e
carentes de trocas afetivas, quando não podem vampirizar os familiares ou
parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração fisiológica e
principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação degeneram com
incrível rapidez, de uma hora para outra. O que é possível aprender como
cuidador? Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo,
desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo
outro.
A dieta influencia:
Os portadores da
doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação, centrada em
carboidratos e alimentos industrializados. Descuidam-se no uso de frutas,
verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega 3 e ômega 6; Devem
consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes,
coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim). Estudos
recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou
evitados pela mudança de dieta.
Doença silenciosa?
Nem tanto, pois
avisos é que não faltam, desde a infância. Analisando e estudando as
características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que
se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o
problema da doença de Alzheimer. Dia após dia, fase após fase o quadro do que
nos espera no futuro vai ficando claro. O mal de Alzheimer é hereditário? Pode ser transmitido? Sim pode, mas não de
forma passiva, inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos
de comportamento. Remédios resolvem? Ajudar até que ajudam, mas resolver é
impossível, ilógico e cruel, se possível fosse; pois, nem todos têm acesso a
todos os recursos ao mesmo tempo. Remédios usados sem a contrapartida da
reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso
evolutivo individual e coletivo, pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas
causas. Remédios previnem? Claro que não; apenas adiam o inexorável. Quanto a
isso, até os cientistas mais agnósticos concordam. Um dos mais eficazes
remédios já inventados foram os grupos de apoio à terceira idade. A convivência
saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de
energia curativa. A doença de Alzheimer, acima de tudo, é uma moléstia que
reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse
pelos amigos é um bom remédio. O ato de nos vacinarmos contra a doença de
Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e
comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos. A melhor e mais
eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade
e a prática da caridade.
Quer evitar tornar-se
um Alzheimer?
Torne sua vida
produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e
inteligência. Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema
evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente. Além das dúvidas
que levantamos, esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.
"O desapego é
necessário para o crescimento espiritual."
E aqui fica a célebre
frase de todo doente de Alzheimer: Quero voltar para minha casa
Que casa seria esta ?
Obs.: Eu Prof. Fernando, acredito que a causa básica das enfermidades é a falta de AMOR. Como dizia o Mestre Jesus: " Amor e Caridade, eis o caminho da salvação " e ainda: " Sem caridade não há slavação " !
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